Posts Tagged ‘hard’

Here we go again

09/09/2010

Há uma faixa na arquibancada inferior do Beira-Rio que diz o seguinte: SOMOS A RESISTÊNCIA. Não quero entrar em questões clubísticas, a faixa poderia estar no Olímpico ou em qualquer outro estádio do Brasil. O que importa aqui é a mensagem escrita, que tem muito a ver com o evento que se realizará neste próximo sábado, no Garagem Hermética: o TRIBUTO LOVE METAL.

Me identifico totalmente com a frase porque é assim que enxergo uma festa como essa, que se propõe a tocar músicas que há tempos foram esquecidas pelo grande público, muitas vezes sendo consideradas bregas, velhas, datadas ou qualquer outro adjetivo depreciativo que se possa pensar. Pois para pessoas como o Leo Mereu, organizador do evento, nada poderia estar mais longe da verdade. As canções tocadas são parte do passado, do presente e certamente do futuro dele.

Pessoas como ele e eu acreditam tanto nesse tipo de som que se prestam a ensaiar músicas, gravar cds, escrever releases e mostrar para todo o mundo que baladas e rocks são a melhor combinação que se pode ter. E é justamente isso que espera quem for ao Garagem no dia 11 de setembro: um bombardeio sonoro poucas vezes visto em Porto Alegre.

Mereu estará incendiando o palco no comando da banda que leva o mesmo nome da festa e eu estarei na discotecagem, garantindo que ninguém saia do recinto sem derramar ao menos uma lágrima. São eventos assim que nos mantêm vivos e é por isso que encaramos com muita gana o desafio de fazer uma noite inesquecível, com a mesma paixão que aquelas bandas que terão suas músicas executadas lá colocaram na hora de compor esses clássicos absolutos.

Vá e comprove que levamos esse papo de AMOR e METAL muito a sério.

Sábado, 11/09 – 23h

Garagem Hermética – Barros Cassal, 386

Mandando email para visceralproducoes@gmail.com o ingresso fica por míseros R$ 8. Na hora, o ingresso é R$ 12.

As 10 melhores músicas dos anos 2000

13/01/2010

Lasgo – Something (2001)

Maior dance dos anos 2000, sem dúvida alguma. Something está para a música eletrônica assim como Master Of Puppets está para o metal. É um clássico, um divisor de águas. A faixa tem um ritmo marcante, que sempre associo a uma guitarra de rock, a um CÂN-GÂN poderoso. O refrão é de ouvir de joelhos, com as mãos erguidas aos céus. Se alguém ainda não conhece essa música, é melhor tratar de nascer de novo.

Strokes – Hard To Explain (2001)

Strokes talvez tenha sido a primeira banda a fazer sucesso nos anos 2000 que tenha me chamado a atenção. Is This It é um baita disco e essa faixa é a melhor de todas.  As duas guitarras são muito boas e o refrão é uma catarse. Adoro o fato da música acabar seca, até porque é a única saída. Ela vem crescendo de uma forma tão intensa que só o final abrupto se justifica. Clássico.

Outkast – Hey Ya (2003)

Confesso que odiei essa música por muito tempo. Não suportava o FRENESI que rolava quando Hey Ya era executada nas festas. Aquele gritinho das gurias quando toca o som que elas esperam na pista sempre me incomodou. Demorou, mas dei o braço a torcer. A introdução dessa faixa é um primor. Som dançante com violão é uma combinação letal, mas poucas pessoas têm a manha de fazer. E aqui a mistura tão perfeita que chega a dar raiva. DAMN YOU, ANDRE 3000.

White Stripes – Seven Nation Army (2003)

Jack White é gênio.  O maior surgido nos últimos dez anos, pelo menos. Tenho até pena dos demais músicos que apareceram do final dos anos 90 pra cá. NENHUM chega perto. E essa música explica muita coisa. Admito que tinha raiva dela, pelo mesmo motivo explicitado em Hey Ya. Em toda festa indie rolava um DESBUNDE quando Seven Nation Army tocava e isso me incomodava bastante. Não adianta, preciso de perspectiva histórica pra analisar certas canções. Mas hoje posso afirmar com convicção que essa música é FODA. Riff e batera aniquiladores. MUITO foda.

The Darkness – I Believe In A Thing Called Love  (2003)

Demorei um pouco para gostar de Darkness porque me incomodava o clima de galhofa dos clipes. E o fato de vários indies parecerem consumir as músicas da banda de maneira irônica. Mas um dia resolvi parar com a putice e ouvir com atenção. Que banda. E essa música é um hino, que marca a volta do hard rock em plenos anos 2000. Era preciso culhões pra ser glam em 2003. E isso Darkness sempre teve de sobra.

The Killers – Mr. Brightside (2004)

Melhor música deles, Mr. Brightside é uma verdadeira paulada. Estrofe, ponte e refrão matadores, impossível dizer qual a melhor parte. Para variar, tinha um pé atrás com eles por causa do som excessivamente 80’s e não ouvi com atenção quando surgiram. Mas felizmente me despi de preconceitos depois e passei a curtir o pop inspirado de Brandon Flowers & cia.

Fall Out Boy – Thnks Fr Th Mmrs (2007)

Sim, a banda tem uma vibe emo. Sim, a grafia do nome do título é algo ridículo, que reprovo fortemente. Mas a música é muito boa. E se a música é boa, o resto se torna irrelevante. O refrão de Thnks Fr Th Mmrs é um dos melhores que já ouvi nos últimos quinze anos, fácil. E o vocal do Patrick Stump é muito bom, o que ajuda consideravelmente.  Gosto das harmonias vocais nessa faixa e ainda tem um violão maroto na jogada. Enfim, bela canção.

Dan Wilson – Free Life (2007)

Claro que nenhuma lista vai incluir essa música. Mas afinal, essa é a MINHA lista. E Free Life é um verdadeiro manifesto, a faixa-título do disco maravilhoso do Dan Wilson que tive a oportunidade de comprar do próprio, no show de Sydney em 2008. Já publiquei a letra no antigo blog por ter me tocado de uma forma absurda, coisa de destino, mesmo. Ouvi-la me lembra das mudanças que aconteceram na minha vida nos últimos dois anos e de como os versos batem pra mim. O disco é um dos melhores da década e talvez essa nem seja a melhor faixa, mas com certeza é a mais significativa. E num universo de músicas sem sentido, canções assim se destacam muito.

Rivers Cuomo – Lover In The Snow (2007)

Essa foi a música que mais me chamou a atenção quando ouvi o primeiro disco solo do Rivers Cuomo. Foi paixão imediata. O riff é contagiante e a letra é de chorar. Ela já era um hit instantâneo pra mim e quando descobri que existia um vídeo, fiquei muito curioso. Nunca imaginaria que seria baseado em futebol e que a história do Rivers era tão ligada ao maior esporte do cosmos. Impossível não se emocionar. Não por acaso, considero esse cara o maior compositor surgido nos anos 90.

Guns N’ Roses – Better (2008)

A maior música dos anos 2000. Chorei baldes quando ouvi pela primeira vez, já nem sei mais quando. Só sei que de 2006 em diante aguardei ansioso pelo lançamento do Chinese Democracy, o maior disco dos anos 2000. E quando ele saiu, pude comprovar novamente que Better é uma obra-prima incontestável. As guitarras são excelentes e o solo é algo obsceno de tão bom. Ouvir isso ao vivo vai ser o ponto alto da minha existência, tenho certeza. Axl, you’ve done it again.